terça-feira, 27 de abril de 2010

Hip Hop entre Belém e o Rio de Janeiro

O carioca e filho de Luiz Melodia, Mahal Reis vem a Belém mostrar seu trabalho como rapper, que mistura, segundo seus admiradores, sensibilidade e intelectualidade, enriquece assim o cenário do Hip Hop nacional.
A Fiesta Tha Guetto acontecerá no dia 8 de maio no pub Le Marchand e será embalada pelo som do MC e produtor Mahal Reis e pelos sets dos Dj’s Pro.Efx (Blacksfera), Fantasma, Eddie Pereira (Black Soul Samba), Ade Almeida, Ana Flor e Lily Bahia.
Quem também participará dessa grande festa são os grupos locais Aliados Mc’s, Trilha do Canal, Clã Real, Mc Gaspar e Guamat PA. Na ocasião estarão reunidos os elementos do movimento hip hop: break, skate e graffiti do Cosptintacrew.

Serviço:

Fiesta Tha Guetto com Mahal Reis – 8 de maio
Local: Le Marchand – Av. Braz de Aguiar, entre Quintino e Rui Barbosa.
Horário: 22h
Ingressos: R$ 5
Informações: (91) 81934508
Twitter: @thaguetto

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Só Veneno


Na próxima quarta-feira tem show de lançamento do CD Só Veneno, da banda Alibi de Orfeu. Durante o show deve ser gravado o primeiro DVD do grupo. Fica a sugestão.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Te comporta, menina


Mais uma arte sensacional de Floriano Neto para a festa Te Comporta Menina que tem mais uma edição hoje no Boteco São Matheus com a participação da banda dele, o Tomarock, e do Suzana Flag, além do Turbo. Este poster vai estar lá discotecando. Mulheres ganham tequila gratis (as 30 primeiras) e todos pagam apenas cinco dinheiros. A partir das 10 da noite.

Um Bafafá em Belém

Presença do Rennegados na quinta edição do Bafafá Pro Música

No último domingo, dia 18 de abril, a Associação Comunitária Paraense de Rock (Pro Rock) realizou a quinta edição do Bafafá – um manifesto pela música autoral do Pará e do Brasil. A ação contou com vários colaboradores inclusive a banda brasiliense Soatá, que há muito tentávamos trazer a Belém pela sua história (leia entrevista com a banda alguns posts antes deste), pelo seu som e pela afinidade com a proposta engajada de um manifesto solidário pela música.
Poderia falar muitas coisas sobre o show da banda, mas seria suspeito. Prefiro reproduzir mesmo que parcialmente o espanto dos presentes com a performance da banda. O ex-Chefe da Casa Civil Cláudio Puty e a cantora Juliana Sinimbu estavam lá e ficaram impressionados. Juliana twittou que o show foi "incrível". Outros ficaram um pouco constrangidos por uma banda de Brasília usar o carimbó com uma mistura tão autêntica quanto esplendorosa. Os ônibus e carros paravam em fila na lateral da cuia acústica da Praça Waldemar Henrique com passageiros e motoristas espantados com a ocupação do logradouro público, que normalmente se via abandonado, e com a performance das bandas.


Ellen Oléria, do Soatá, com os percussionistas Veudo e Liéber

Retaliatory e Álibi de Orfeu não fizeram feio e também impressionaram. Turbo e Nego Bode agitaram a tarde, inclusive com a participação de ex-integrantes da banda Caustic, que deixou sua marca nos anos 90 no rock paraense. Também teve ainda o Rennegados e a participação da banda Martiryum de Macapá, pertencente ao coletivo Palafita, que estava de passagem pela cidade e que teve espaço para mostrar seu trabalho.


Participação do Caustic (de Marcelo Kawage e Andrey) no show do Turbo

O público não foi grande, mas foi incrível. É sempre gratificante porque ninguém está preocupado com a “bilheteria”. E você toca pro ex-chefe da Casa Civil e pros moradores de rua que tem a mesma oportunidade de acesso a uma produção cultural tão rica. Para não deixar passar, faço esse registro pois o único blog presente lá, além deste, era o blog do Azul, que quando entrar no ar deve disponibilizar algumas imagens.

Rui Paiva (Alíbi de Orfeu) deu show na bateria

Os produtores executivos do evento, Elielton Nicolau Amador, Gláfira Lobo e Augusto Hijo agradecem à Kamila Santos, pelo apoio, a Alexandre Baena e à Multi AB Produtora, Ná Figueredo, Márcia Carvalho que publicou a entrevista que fizemos com a banda Soatá. À banda Turbo pelo grande show e pelo presente da participação do Caustic, a Paulo Luamim Martins pelo projeto intelectual de usar a arte como instrumento de emancipação social. Obrigado à MTV Belém Wagner Nugoli pela bateria. Obrigado aos compreensivos guardas da PMB e a PM pelo apoio. Aos diretores da Pro Rock que me contratam como consultor e produtor, Jayme, John e o presidente Rui Paiva. Ao fotografo Mário Guerreiro, aos amigos Rand Frank, Gláfira Lobo, Augusto Hijo, Zé Lukas e Lucas Monteiro. Obrigado à Secretaria de Cultura do Pará, Ministério da Cultura, MM Produções, Mango Studio e Casarão Floresta Sonora. Obrigado às bandas Nego Bode, Turbo, Rennegados, Martiryum (AP), Retaliatory e aos amigos da banda Soatá. E a todos, enfim, que colaboraram com mais esta ação comunitária em rede, e que por ventura eu tenha esquecido agora.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Conexão Belém-Brasilia

Banda braziliense Soatá: carimbo e rock

Em meados de 1990, quando a banda Epadu surgiu em Belém fazendo a fusão do rock com o carimbó e outros ritmos amazônicos, só existia algo parecido no Brasil em Recife, com Chico Science e Nação Zumbi e sua fusão mista de maracatu. Naquela época, Belém perecia ainda uma distante capital capaz de influenciar a cena nordestina com o carimbó, mas sem se destacar dentro de um cenário globalizado. Hoje as coisas mudaram, e o Epadu foi parar em Brasília, com um de seus fundadores, o compositor e guitarrista Jonas Santos. O grupo não resistiu ao sertão agreste, mas deu como cria um calango filho de paraenses, a banda Soatá. Com a proposta de unir os ritmos do Norte ao rock, ao funk e à música pop, Jonas Santos se juntou ao baterista Riti Santiago (ex-Cambio Negro) e Dido Mariano e depois à cantora Ellen Oléria e ao percussionista Lieber Rodrigues. Nascia, há três anos, a banda que ganhou destaque no ano passado e vem despertando interesse da crítica especializada e do público, através do ritmo contagiante do carimbó. A banda se apresenta pela primeira vez em Belém, no Bafafá pro Rock, domingo, na Praça Waldemar Henrique. Confira a entrevista com Jonas Santos.

Nicolau - Quando e como surgiu o Soatá?

O grupo foi uma transição. Em 2006, eu e o Cláudio Figueiredo retomamos o EPADU aqui em Brasília para gravar um CD e fazermos algumas apresentações. Nessa retomada o Dido Mariano e o Riti Santiago, baixista e baterista do Soatá, conheceram a proposta musical de explorar ritmos do Norte. O Epadu fez alguns show aqui em Brasília, mas por falta de estrutura os integrantes aí de Belém tiveram que retornar. Depois, recebi o convite entusiasmado do Riti e do Dido pra que, mesmo sem os parceiros aí de Belém, continuássemos com o trabalho. Ficamos, então, ensaiando e procurando percussionista e vocalista para o grupo. Até que apresentamos o trabalho para Ellen Oléria e para o Lieber Rodrigues. Com todo mundo sintonizado nessa idéia do ritmo do Norte, do carimbó, começamos a trabalhar o repertório.

E como foi para os músicos trabalharem essa proposta? Houve alguma dificuldade em assimilar o ritmo do carimbo, por exemplo?
O Riti e o Dido conheceram bem o ritmo através do Ronaldo Farias e do Veudo, percussionistas aí de Belém que estiveram em Brasília. A Ellen já ia a Belém regularmente antes até do convite pra cantar na banda. E eu fui apresentando os mestres de carimbó pra eles. Fui tentando passar pra eles essa "forma" dançante do carimbo.

Como evoluiu essa proposta?! Hoje já dá pra perceber a contribuição dos músicos, alguma coisa meio soul e funk que talvez venha da influencia da Ellen e dos outros integrantes...
Com certeza. Tem muito a ver com cada integrante. A Ellen tem muita coisa de samba, de funk no som dela. O Dido é um baixista de jazz e música brasileira. O Riti tem uma pegada mais rock, o Lieber é um percussionista que teve contato com os percussionistas do Epadu, pesquisou, e começou a tocar o carimbo.


Vocês ganharam bastante destaque depois que foram finalistas do Conexão Vivo no passado. Como foi participar desse projeto?Foi muito bom... Até mesmo por que começamos a divulgar nosso trabalho aqui em Brasília depois desse evento. O Conexão Vivo é um evento grande, com vários nomes importantes participando e todo mundo querendo conhecer coisa nova. Isso é muito bom. Os resultados dessa participação ainda estão surgindo pra nós, estamos participando de um edital de animações com a música "No baque", ainda pelo Conexão Vivo.

Vocês vão tocar a primeira vez em Belém. Estavam ansiosos por vir tocar aqui?
Cara, na verdade, desde que o grupo fez o primeiro show na UNB três anos atrás, eu já tinha como prioridade essa ideia de tocar em Belém. Os paraenses que escutam a banda ao vivo se identificam, e reconhecem o que agente tá tentando dizer. Pra gente é uma vitória muito grande tocar aí. Todos estão com muita expectativa, de verdade. Acho que o publico de Belém que prestigiar o show do Soatá vai ver que o nosso som foi feito com um pé e com a cabeça aí.

Você ainda acompanha a música feita aqui? O que tem escutado?Na Feira da Música de Fortaleza esse ano eu tive a oportunidade de ver o "Floresta Sonora",
banda do Calibre. Escuto as bandas dos amigos, o Norman Bates, Deliqüentes... quero nessa visita a Belém, conhecer a galera nova que ta fazendo som aí. E sempre escuto os mestres do carimbó: Cupijó, Verequete...

Ótimo, fique a vontade pra mandar um recado pro público de Belém.
Galera... "Vamo" curtir esse Rockarimbó do Soatá. Uma banda de conexão entre Belém e Brasília. Belém será um público ímpar. E vai com certeza se identificar com a nossa música!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Álibi de Orfeu flerta com hard rock e MPB


Disco produzido por Edgar Scandurra chega como lançamento do selo paraense NA Music

O novo disco do Álibi de Orfeu (Só veneno, NA Music, 2010) traz uma mistura fina de pop e hard rock, com uma pitada elegante de MPB, que aperfeiçoa a fórmula criada pelo grupo ainda em meados dos anos 1980, quando se tornou uma referência dentro do rock paraense.
A cantora Gláfira Lobo, a quem coube a responsabilidade de substituir Gabriela, se mostra versátil e competente nos variados estilos presentes no álbum, que tem a produção sofisticada de nada menos que Edgar Scandurra (ex-Ira!). O hard rock de Sérgio Barbosa e Sidney KC (ex-Jolly Jocker, outra referência dentro do rock paraense) encontra a linguagem pop de Rui Paiva como num verdadeiro dream team de músicos paraenses.
A fórmula ganha ares de genialidade em canções como a faixa título “Só Veneno” e mais “Espaço de Ninguém” e “Nossa Torre de Babel”, onde Scandurra nos presenteia com um belíssimo solo de violão. A versão de “Ando meio desligado” acrescenta algo novo à canção original dos Mutantes. Outros destaques são “Confissões”, “Agora, não!” e “Janelas”.

Confira alguns destaques do disco.

Só Veneno
A faixa título poderia estar na vanguarda do hard rock oitentista mas flerta tanto com o punk rock quanto o novo stoner rock mais modernoso. A releitura stoner ganhou força com a participação de Frejat, nas guitarras, que poderia ter feito um solo virtuoso mais preferiu fazer uma participação noise. Ritmo acelerado e letra que gruda na cabeça. Ótima pra ouvir no carro, na estrada.

Ando meio desligado
Sensacional e antes inimaginável leitura hard rock do clássico dos Mutantes.

Confissões
A mistura de pop, hard rock e MPB poderia parecer um Frankstein não fosse o Álibi de Orfeu um grupo formado por músicos experientes. Com seus climas e nuances, “Confissões” sintetiza essa fórmula muito bem.

Espaço de Ninguém
Violão e clima de luau nessa balada existencialista de Rui Paiva, que marca toda sua genialidade pop apreendida lá nos anos 1980 e nunca mais esquecida. Destaque para o belo solo de guitarra de Serginho.

To deixando você
Balada pop corretíssima que alterna uma bela harmonia com momentos de tensão bem postos pelo vocal de Gláfira, que consegue ir com versatilidade dos momentos mais melódicos aos mais fortes sem perder a postura.

Nossa Torre de Babel
Outra balada existencialista com a marca pop de Rui Raiva. Aqui quem nos brinda com sua genialidade é Edgar Scandura em magistral solo de violão.

Janelas
A melodia inicial dá lugar a um funk, sobre o qual Gláfira canta um hip hop de pura indignação social. No refrão, volta o hard rock com uma letra reflexiva. Em seguida ganha ares orquestrais com seus vocais de coral. Uma das mais ousadas faixas do disco.

Você precisa
Hard rock arrastado, a la Kashimir, do Led Zeppelin. Sobre essa base, mais uma vez Glafira desfila seus vocais “hard rock mpbísticos”, que remetem as cantoras brasileiras de sucesso dos anos 1990, com a diferença que elas não têm por trás uma base tão rock and roll quanto a do Álibi.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Útero

Útero, a partir de 10 de abril no Teatro Cuíra, Sábados e Domingos, às 21h, até o final de abril.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Suzana Flag e Toma Rock recebem convidados

Icaro Suzuki e Lucas Padilha dão canja na festa Te Comporta, Menina!, nesta quinta-feira (8) no São Matheus

Icaro Suzuki e Lucas Padilha são os convidados especiais da festa Te Comporta, Menina, que inaugura temporada nesta quinta-feira (8) no Bar São Matheus. Ícaro Suzuki, baixista da banda Madame Saatan, que atualmente está radicada em São Paulo, está de passagem por Belém e vai participar do show da banda Suzana Flag, que é uma das anfitriãs da festa ao lado da Tomar Rock.
“Vou participar do show tocando ‘Um tanto morto’, do Suzana, e uma versão que o Joel fez para ‘Duo’, do Madame Saatan. Além disso vamos tocar um cover mas isso eu deixo pra vocês descobrirem na hora lá”, diz Ícaro.
Já Lucas Padilha, que é ex-integrante da banda Plug Ventura e apresentador do programa Sintonificando, da Radio Cultura FM, vai tocar covers com o Suzana Flag, como “Bom Veneno”, da banda Autoramas, e “Disco do Roberto”, da banda The Feitos.
Joel Melo, líder do Suzana Flag e um dos co-produtores da festa, diz que a temporada de abril deve ser assim daqui pra frente cheia de novidades e atrações especiais.
“Queremos fazer coisas diferentes com o Toma Rock. Estamos botando pilha no Floriano pra ele tocar coisas autorais e dividir algumas coisas com a gente. O Nicolau está ‘aprontado’ umas também, com o Radiossonico, o programa de Rádio, e vamos usar a festa como um espaço para promover essas idéias malucas que pintam”, diz Joel.
O repertório do Toma Rock traz clássicos anos 90 como Smashing Pumpkins e R.E.M além do repertório nacional que sempre anima as noites pelos bares de Belém.
A festa ainda tem a discotecagem de Nicobates (Radiossonico – Unama FM), Lucas Padilha e Alex Pinheiro (Bando Selvagem).
Te comporta, menina tem apoio da loja Na Figueredo, da MTV Belém, do programa Radiossonico e da Rádio Unama FM. A festa começa as 22h e as primeiras 30 pagantes (mulheres) ganham uma tequila na mesa.


Serviço:

Te comporta, menina!!
Bandas Suzana Flag e Toma Rock
Dia 8 de abril. Quinta-feira.
São Matheus – Pe. Eutíquio próximo à Praça da Bandeira.
Ingressos: R$ 5. (meia para todos)
Informações: 9614 1005