segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Retrospectiva pra frente

O ano novo chegou! Então, feliz ano novo! Como todos sabem este blog é atualizado meio preguiçosamente. Mas não é preguiça, não. Só que tenho que mantê-lo em meio a uma série de outras atividades e os posts fazem análise e contextualizam algumas situações. Às vezes, há alguns registros importantes. Outras vezes meus afazeres realmente me impedem de atualizá-lo com mais frequência. Por isso, nós vamos retomar os trabalho em 2010 ainda com uma breve retrospectiva atrasada. Eu sou da opinião que análises atrasadas podem obter uma isenção maior e,logo, podem ser mais eficientes. Então vou falar de alguns lançamentos e isso vai coincidir com algumas novidades, que espero compartilhar com meus leitores muito em breve.
Por hora vale fazer um registro importante. Sidney Filho mais uma vez deu uma dentro, entrevistando Maurílio Kuru Lima, diretor da Cria! Produções, que presta serviços para a empresa de telefonia Vivo. Kuru é um cara muito querido e respeitado no cenário da música independente no Brasil. Desde o projeto Conexão, da antiga Telemig, empresa mineira que foi incorporada pela Vivo. O projeto Conexão Vivo é algo de revolucionário e pode a ajudar a mudar definitivamente o cenário artistico e cultural paraense.
Para isso, porém, é preciso ter alguns cuidados. Mas não custa lembrar o que aconteceu em tempos recentes com outra empresa de telefonia, que já não existe mais. Ela realizou um projeto que tinha tudo para ser o que promete ser hoje o Conexão Vivo, porém, alguns artistas e marketeiros que não estavam interessados em construir um mercado cultural sólido, acabaram levando o projeto e a própria empresa à falência.
Já contei aqui como o boicote desses marketeiros prejudicou drasticamente a carreia de uma das bandas mais promissoras desse estado, a Suzana Flag. Depois de ter sido pré aprovado o projeto dentro da própria operadora, o patrocínio de R$ 50 mil, que poderia ter mudado a história da banda, fugiu entre os dedos depois que os artistas que comandavam os dispositivos de insenção fiscal para a cultura no Estado o boicotaram, simplesmente porque a linha de investimentos da empresa estava mudando, indo em direção a artistas mais jovens, ou que falassem ao público mais jovem.
Para se consolidar como uma empresa de responsabilidade social e cultural no Pará a Vivo deve observar, como o tem feito Kuru, e manter uma linha de patrocínios transparente e coerente. Afinal, não custa lembrar também que além do investimento próprio da empresa (baseado em uma plataforma de compartilhamento de recursos) há investimento de isenção fiscal, que, na verdade, é dinheiro público. Essa transparência e coerência é o que se espera de Kuru. Então, boa sorte na empreitada e que esse projeto se consolidade em 2010 juntamente com a cena forte e promissora que é a da música paraense.

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